domingo, 14 de julho de 2019

Indicação: documentário “Cowspiracy”


O documentário Cowspiracy: the sustainability secret (Cowspiracy: a sustentabilidade secreta) foi lançado em 2014, sendo dirigido e produzido por Kip Andersen e Keegan Kuhn. Trata da agropecuária e, em menor medida, da pesca, apontadas no filme como atividades altamente poluentes e produtoras de gases de efeito estufa (GEE´s).

Além de apresentar as atividades citadas como principais produtoras de GEE´s, Cowspiracy critica organizações ambientais, as quais não estariam concedendo a importância devida à poluição provocada pela atividade agropecuária. Entre as organizações analisadas em Cowspiracy, estariam Greenpeace, Sierra Club, Sea Shepherd Conservation Society e Rainforest Action Network. Segundo o documentário, essas entidades teriam certa reserva em tratar da atividade agropecuária como forte vetor de poluição do Planeta.

O conteúdo de Cowspiracy tem sido fortemente contestado; seus críticos alegam que a contribuição da agropecuária e do desmatamento à poluição ambiental não se dá nos níveis apontados pelo documentário, alegando que o uso de combustíveis fósseis é amplamente mais nocivo ao Planeta. Segundo esses críticos, os números que embasam o documentário são falsos e este não teria honestidade intelectual, ao imputar à agropecuária o maior peso pelo aquecimento global.

Independentemente da veracidade dos números, a agropecuária e o desmatamento a ela associado contribuem para a poluição ambiental e somente por este motivo já valeria a pena assistir ao documentário. É importante também lembrar que o uso de carne animal é controverso, quando se considera a saúde das pessoas. Quem fizer pesquisas na internet encontrará opiniões contra e a favor do consumo da carnes e, nesse contexto, ter uma visão mais conservadora e comedida, evitando exageros ou buscando alternativas alimentares saudáveis, parece ser a postura prudente. Por fim, existe ainda aqueles que defendem os direitos dos que não tem voz (voice), ou seja, os animais.

Cowspiracy foi feito por meio de financiamento coletivo: pouco menos de 1500 contribuidores doaram cerca de U$ 117 mil, montante que mais do que dobrou a expectativa inicial de arrecadação. Uma versão disseminada a partir de 2015 pela Netflix teve Leonardo DiCaprio como produtor executivo.